terça-feira, 11 de novembro de 2008

cíclico

Eu volto a mim
recomeço
Retomo a rota
e sempre
Me vejo em ti
para sempre

E quando a noite
cobrir o dia
vou decobrir
nos teus cabelos
uma melodia
que soe como as ondas
do sal no mar da praia sulina
que vento nos ajudou a navegar

Teu beijo, qualquer tempestade supera
quem dera o sol soubera
o brilho que tem tua pupila
nem creio tê-la tão perto
aqui, colorindo meu dia

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Y cuantas lunas cambiáron desde que me fui, ó de cuando muri para esto?
Yá no sé y quizá supe algun dia
Aunque no lo digA e pensado, pero me muere la escrita
Y si se van las palavras, que es lo que me queda?
Los dias son chicos, péro y si fueram largos, que és ló que yó haria?
Y porque tántas preguntas si nadie (ni yó) las ira responder!
Cuantos dias pasam para que cambie la Luna, no sé....
Y si hay alguién ai, que hable...

Se existe alguém na linha, me mande um sinal...




segunda-feira, 4 de agosto de 2008

..ido




A cada duas luas os sintomas reaparecem
sempre tantas coisas pra serem ditas que quando
as palavras somem levam junto o sossego,
o espontâneo da casa, a alegria por vezes...

E nessa noiteLUAilumina, o desassossego que me preenche
e tras detras do meu ceioVentre
há nada mais que tempo prudente de silêncios, de sonos,
de canções sem melodias, de ventos.

O medo de explodir é o mesmo de iludir ou me iludir
rege meu coração e minha mente, ou tudo que sou
reverso meu pelos dias, ALICE sem maravilhas
de não saber em que lua figuram meus sonhos nus...

ao redor e envolto em seu próprio ser, meu grito emudece,
como sempre foi! procuro a quem perguntar "até quando"?
-não sei de onde possa vir qualquer resposta ainda que vaga!
algo que me diga que sim, ainda posso GRITAR, gritar é direito teu
ou ainda que me reprima dizendo: GRITAR não mais, isto nunca te pertenceu!
e nada nem ninguém eu vejo que possa, por liberdade, me doar uma provável solução...

A lua já vai alta, nem clareia mais a sala!

NOITE ESTRANHA, JULHO DE UM ANO QUE NÃO É, MADRUGADA, APÊ

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Tiro de misericórdia



O menino cresceu entre a ronda e a cana
Correndo nos becos que nem ratazana.
Entre a punga e o afano, entre a carta e a ficha
Subindo em pedreira que nem lagartixa.
Borel, juramento, urubu, catacumba,
Nas rodas de samba, no eró da macumba.
Matriz, querosene, salgueiro, turano,
Mangueira, são carlos, menino mandando,
Ídolo de poeira, marafo e farelo,
Um deus de bermuda e pé-de-chinelo,
Imperador dos morros, reizinho nagô,
O corpo fechado por babalaôs.

Baixou oxolufã com as espadas de prata,
Com sua coroa de escuro e de vício.
Baixou cão-xangô com o machado de asa,
Com seu fogo brabo nas mãos de corisco.
Ogunhê se plantou pelas encruzilhadas
Com todos seus ferros, com lança e enxada.
E oxossi com seu arco e flecha e seus galos
E suas abelhas na beira da mata.
E oxum trouxe pedra e água da cachoeira
Em seu coração de espinhos dourados.
Iemanjá, o alumínio, as sereias do mar
E um batalhão de mil afogados.
Iansã trouxe as almas e os vendavais,
Adagas e ventos, trovões e punhais.
Oxum-maré largou suas cobras no chão.
Soltou sua trança, quebrou o arco-íris.
Omulu trouxe o chumbo e o chocalho de guizos
Lançando a doença pra seus inimigos.
E nana-buruquê trouxe a chuva e a vassoura
Pra terra dos corpos, pro sangue dos mortos.
...


João Bosco e Aldir Blanc
...obrigada!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

passo ...passos!

chão molhado, noite pouco adiantada
algum lugar além de 22h... passo. passo.
mansa caminhada ao centro
a chuva cai reta, firme. água ralada,
nem fina nem graúda. água p'ra clarear.
passo, passo a passo a chuva aumenta,
atropela a folha seca encharca o asfalto.
mercado, chego olho o chão de pedras lisas,
entre elas limo verde, quase plantas.
Decidido, a chuva me faz sorrir...


segunda-feira, 16 de junho de 2008

Viva a Multietnicidade!

O nosso grande Brasil, orgulha-se de sua 'constituição diversa', orgulha-se de ser o país das misturas, brasileiro genuíno não tem etnia pura! Não há raça ausente na genética do povo brasileiro. Viva a diversidade de cores credos e hábitos (será?)...
Sexta-feira fria no outono de Pelotas, jornal do almoço ao vivo da Fenadoce, coisa rara! Que história nova irá "ao ar" este ano? Pois, eis que surge uma promissora reportagem sobre a multietnicidade em Pelotas, cidade pólo deste canto quase esquecido na imensidão do país!
Eu pronta pra ouvir, a repórter conta: "os primeiros a chegar foram os Portugueses, fundadores da cidade, que se desenvolveu por tais e tais motivos ...já no século XX, temos a chegada de italianos e alemães que contribuíram aqui e acolá, aparecem franceses, orientais e mais recentemente os árabes que contribuem com o comércio, principal atividade da Pelotas atual!" e fim. Pulei do sofá: FIM!!! Como assim, a maioria da população de Pelotas é de negros, me corrija se estiver errada. Comparável a Salvador, Pelotas é a cidade com maior população de afro-descendentes de todo o Sul deste imenso e multiétnico país! Não é exagero dizer que a cidade só existe pela presença desta "fatia étnica", o sangue o suor e as marcas de seus representantes está em cada Casarão do centro histórico, utilizados como cartão postal pela própria Fenadoce! Enfim, fiquei falando sozinha com a TV, que já havia pulado para os comerciais, só eu e minha indignação, indigna talvez já que se tratava da RBS TV Pelotas, contando uma historinha em tom de homenagem pro Estado inteiro ouvir, agradando e atraindo visitantes/turistas em potencial. Como praticamente não há negros no restante do estado, pra que falar nessa pouco presente etnia?!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Andar


As vezes faz bem andar na rua sozinha logo cedo da noite quando ela é recém chegada

andar em silêncio assim pisando torto na calçada

me escuto mas não me vejo e continuo calada

Por horas nem pareço acordada...

Ando inventando caminhos, desarmada

Morro em uma rua em outra, vivo

escuto pouco quase nada, só ruídos

A noite segue e também eu, sigo...



quinta-feira antes da chuva que nem chuveu!


segunda-feira, 2 de junho de 2008

O que sou....





Trilhos urbanos visitados numa noite clara;
Uma partícula suspensa entre dois universos paralelos...
uma aquarela talvez, que foi esquecida no quintal;
um lago sem margens que a cada dia reinventa o pôr-do-sol;
uma rua infinita, cheia de becos-sem-saídas, e bares pelas calçadas...
um tango enbebibo em vinho envelhecido num palco pouco ilumionado;
uma boneca de pano que caiu do caminhão de mudança;
a orelha rasgada da última página de um Jorge Luis Borges...
uma película de chaplin esquecida entre os cupins da gaveta emperrada;
uma pegada apagada pela maré na praia da fronteira;
um barco naufragado numa ilha desconhecida;
uma virgula mal empregada por um estudante secundarista...
uma faísca provocada por um fio desencapado;
um risco feito pelo calcanhar na areia da beira do rio;
reticências de um pensamento inconcluido...

segunda-feira, 19 de maio de 2008



Volto uma esquina,
pegada, rua, carro,
atravessar...

Pulo uma rua, paro
grito, cigarro, sinal,
luar...

Penso um espaço, piso
imagino, riso, passo,
pensar...


de VoLta aviDa

quarta-feira, 7 de maio de 2008

A vida acontece o tempo todo!

"Viver ou morrer é o de menos... a vida inteira pode ser qualquer momento!"
A vida toda é o tempo inteiro,
viver ou morrer é uma fronteira tênue que quase nunca se sabe onde está.
As fronteiras são móveis, de algumas ninguém sabe voltar!
Bom mesmo é fazer história, em cada solo pegada, pisar...
E deixar que as raízes desobedeçam qualquer lei, mesmo gravitacional!
Só existem após a morte os que em vida se fazem lembrar, os que marcam
memória podem legado deixar...
De outra maneira não há diferença, em um momento de vida ou vida inteira..
(...)

sábado, 3 de maio de 2008

No brejo...




Quando tem feriado na Quinta, a semana fica esquisita, truncada..

"Não ata nem desata.."

Acontece mais ou menos assim:

Segunda;

Terça;

Sexta;

Sábado;

Sexta (facultativo)*

Sábado;

Domingo... daí já começa a mesmice denovo!

Mas enfim, tudo isso pra confessar que nesta "segunda sexta"

(facultativa) da semana, primeiro dia útil (ou não!) do mês de maio

deste ano esquisito, a cidade parecia uma selva...

Com suas ferozes poças d'água violentadas por apressados carros

que por sua vez arremessam chuva caída em qualquer passante

desavisado... com suas filas de mentes nervosas, em bancos

lojas, lotéricas e supermercados... com seus atletas cotidianos

que saltam buracos, correm pro ônibus, escorregam na calçada lisa

driblam os carros nos sinais... comigo vagando neste cenário,

aparentemente passiva, mas com nervos na pele

pela chegada da minha querida TPM!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Já se passam algumas semanas desde que um estranho processo se instaurou em mim!



Sem notar como agia, agindo eu ia e no passar dos dias,

pouco a pouco, amuando, reclamando menos, sorrindo pouco, não sonhando...

Só em momentos efêmeros, notava o que em mim mesma faltaria, fosse eu aquela que sou!

Os que conhecem, aquela que se esconde mas que me domina,

logo logo perceberam que ela não estava por completo...

Notaram também os que tem a "visão além do alcance",

[esses não são poucos nem muitos, são os que são e são]

Estranho mas nem tanto, como coisas em que cremos, que sabemos, que pensamos ou vivemos

conseguem entre outras se esconder, daí simplesmente esquecemos e num momento qualquer

surgem em nossa boca ou ouvidos como velhas conhecidas! Então aquela sensação as vezes vaga:

Clar@!

Como pude esquecer que é assim mesmo!!!

O empurrão ou puxão (o que também vai depender do 'ângulo'),

de nada adiantam se resistirmos, se não contribuir com o movimento, se fizer 'corpo mole'...

Quem vai sentir por mim, quem levará meus olhos pra passear, quem...?

O maior adversário e também o maior parceiro que podemos encontrar,
está sempre aí bem pertinho, habita em nós!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

VezenQuando Dragão da Lua




Onde estou senão aqui, iniciando minha prece


"Na fronteira de um mundo alucinado


Cavalgando em cavalo agalopado


Viajando com novos pensamentos"




Caminhei pela calçada oposta


Enquanto corpos vagavam poraí


Fui pensando na loucura, tão humana


Entupindo a cidade e as esquinas


Planejando meu mapa pelas ruas


Evitando enfrentar mais um sinal


Despertando pro brilho lunar


Volto passos por entre telhados


Vejo a buniteza e reconheço


Pra onde vai quando entristece?


Te espero quando anoitecer...

III em I




O DIA FAZ UMA CARETA
EU CORRO!
ME ESCONDO NO TEU CANTO
SEM PORTA...
ESPERO QUE A NOITE ACORDE
E GRITO DO TELHADO,
ENQUANTO ESCUTO
O SOL GARGALHAR.

O DIA FAZ A NOITE
ME ESCONDO
EM UMA CARETA ENQUANTO CANTO...
ESCUTO O GRITO DO SOL:
"ACORDE"!!!
ESPERO GARGALHAR
NA PORTA DO TELHADO

O CARETA A GARGALHAR NO SOL.
ENQUANTO A NOITE NO TELHADO,
ESCUTA O DIA
ESCONDO TEU CANTO
SEM ACORDES!
EU CORRO, GRITO, ESPERO:
UMA PORTA...




24aGosto2005

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

o que vejo

"Fixo os olhos no teto ou na parede e tento distinguir apenas cores e formas. Mas não sei mais se o que vejo é o que vejo ou apenas o que penso ver."
Caio F.


EU TENHO GUARDADO POR TEMPOS
NA RETINA SECA DO MEU OLHO
CORES JÁ DESBOTADAS DA
MEMÓRIA QUE TRAGO DO QUE
ENTENDO POR AMOR RECÍPROCO
NÃO SEI SE HOUVE DE FATO
ALGO QUE PUDESSE CHAMAR
ASSIM, OU ENTENDER
PODE SER QUE SÓ ILUSÃO
TENHA NESSAS CORES DAS
DORES, DE AMAR E RECEBER
O AMOR, E DE COMO
ME DÓI COLORIR O QUE VEJO,
MAS COMO ME CUSTA
NÃO FAZÊ-LO E O QUANTO
QUERO AQUARELAR MINHA
VIDA, MAS HESITO EM QUE
CORES USAR...


estrada do Sul-central

Vem viver este momento

Palavras flexiveis ancoradas no meu ar

passeios inconcretos de paisagens inventadas

Palavras, palavras, faladas, cantadas, ditas

Receio em escolher o que já é definido

Me jogo, se jogue também no desconhecido

O desconhecido das minhas vontades, dos meus medos

do que me faz "de verdade", do que nem sei se sei


Nossas longas 'análises noturnas'

que me deixam saber mais de mim

na medida em que falo e posso me escutar

Silêncio, gole de vinho, taça na mão

luz baixa, indecisão.. mais uma vez indecisa

que palavra posso usar, pra tentar explicar

essa saudade, aquela angustia, um momento tão

bom de felicidade..

Besteira, bobagem, riso e choro

Faz parte da minha incoerência

fugir da questão com uma piada

Sair "à francesa", tangenciar, negociar

Argumentos não são certos e errados

nem nunca serão..

Só quero viver e viver vai bem além

de qualquer questão.




"Quem se diz muito perfeito, de certo arranjou um jeito insosso pra não ser de carne e osso, pra não ser..."

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Cena Aberta





Descolei um jeito de ser mais humana...


Ontem chorei, chorei porque é época de folia

chorei, na verdade o "porque" não sabia...

Divaguei, por que divagar me faz bem

Divagar, devagar, sem preocupar

Falei coisas, e outras coisas, coisas faladas

sem muito pensar...

Coisas ditas, só sabidas depois de falar

Ri, risos as vezes sem motivo, risos. Sem me culpar

Dar risada é assim, como iluminar

Ilumina a sala vazia de luz, ilumina meus olhos

Olhos meus estes, que hoje abriram mais brilhantes

Olhos que olharam pra casa, com ganas de olhar...


Hoje não só mais (H)umAna!!!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Olhos de Amar!

Eu olho ela sentada sobre a cama,
sentada com as pernas cruzadas, como se fosse oriental
Penso e me pergunto, porque te amo tanto?
Eu sei Amor, essa frase é tua...

Escreve a horas algo que eu desconfio ser pra mim,
dobra enfeita, faz envelope, ta pensando em colorir!

Já coloriu preta!
Trouxe aquarela pra minha vida, depois de tanto tempo desbotando...
Me ensina sempre, agora sou mais paciente...
aprendi contigo a não guardar vontades
"diz que vira câncer"!!!
hehehehe Exagero? TalveZ...
Não tem nada que valha mais a pena, do que crescer,
sonhar e aprender com alguém!

Não tem hora pra dizer o quanto te amo!

Quem vai ficar...


"ói, ói o trem! Não precisa bagagem nem mesmo passagem no trem!"

Não é efeito de droga, nem colapso mental...
Permiti que meu olho se perdesse numa fachada antiga,
numa foto que vi no jornal exposto na porta da padaria,
num gato que brincava com uma folha que caiu daquela árvore,
aquela árvore que espalha flores na calçada e perfume pelo
quarteirão!
Brinquei de criar personagens, usei maquiagem...
Recortei e colei umas figuras desconexas,
emprestei meus lápis de cor pra minha "colega de quarto"
Dispensei preocupações, fiz planos e promessas, roteiros de viagem...
Pesquisei umas palavras esquisitas, que logo desaprendi
(nenhuma era 'relevante'!), enfim, me dei uma chance de relaxar!!!

Pode parecer perda de tempo, mas pra mim é empreendimento!

Xadai!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Já passou?

Sin ninguna palavra ó cualquier sonido, mirava yó por el vidrio la ventana sin divisa
por la carretera... el dia gris nada me decia y la voz de Jorge milongeava

"nada, nada menos..."
El paisage no me hablava ni yó al dia cantava

Se hiba el camino por dónde passava
porque nada me quedava?
Y sigue Jorge a decir:
"no dejaremos huella, solo polvo de estrellas..."



dezembro/2007

O pouco


Ontem eu consegui... sai de casa duas vezes! Isso mesmo duas vezes e por "pura necessidade"!
Primeiro eu fui comprar batatas, pro almoço. E chovia, chovia e chovia! Depois fui na locadora, (pelo menos, no auge da minha 'inutilidade' eu vejo muitos filmes!), e ventava, ventava e ventava!

Olhei uma moça, catando lixo, com um bebezinho no colo, com todo aquele vento! Daí pensei: assim como cada um tem suas ocupações, tem suas preocupações, ou ainda desocupações, despreocupações... sei lá!

A vida é mais complexa do que parece, ou é bem mais simples do que gostariamos?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Alguém?


O mundo inteiro percebeu Quase todos, menos eu Que tudo está mudado Ou que algo se perdeu Mas que Mundo Muda Mudo E eu pregado inerte Escondido atrás do escudo


Por favor alguém me explica, porque sinto essa preguiça!
Nem desvendo mais os sonhos nem tento entender a bagunça

do meu pensamento... Talvez esteja acontecendo um amorfinamento

na minha pessoa, talvez as vontades estejam adormecidas..

Não! eu não sou amorfa e desfocada, hoje eu vou acordar,

descobrir o que me prende no conforto da sala, do que depende

o retorno ao semear vento e beber tempestade, com o chico,

A botar meu bloco na rua, como o sérgio

Ou, que seja, cair na gandaia com a minha bateria!


Socorro, eu preciso despertaaaaaaar!!!!!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Olhares...


Sempre veremos atravéz de algo... podem ser lentes, paradigmas,
janelas. Tanto faz, afinal a moldura é só borda, quem decide o
conteúdo é o olhar, e olhar é ver, registrar, agregar! Mais que isso,
olhar é atingir além da superfície visível, olhar é ver algo não da
maneira como qualquer outro ser veria, mas da maneira que cada
um pode ver, com suas relações, memórias, sentimentos...
Olhar é entender uma coisa qualquer sobre o que se vê, ou perguntar-se
uma coisa qualquer...
Mas para se ter um olhar, sobre uma coisa qualquer, tem que se permitir
ser sensível, e ser sensível pode fazer a diferença.

Sobre o Amor II

Dia desses um amigo falou, que já não acreditava no amor
Deu a entender que é conveniência, o que leva alguém a união
O nome não é importante, mas tenho conceito diverso de cada palavra
Distantes entre si, deixo claro
Porém Amores-Convenientes, devem ter prazo maior de validade
Os "inconvenientes", expiram rápido, é bem verdade
Mas as verdades não são plenas e as vezes tem validade
Nem só o que é fato, é verídico
No fundo (bem no fundinho), há em tudo um 'algo' de veracidade.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

"Fragmento para Ali"

- Ai! Quando eu falo com ele fico tri nervoso! Que viagem, né?!
- ...
- Tú não achas? Eu acho que eu tô carente... Que que tú acha?
- Acho que tú ta carente... de ti mesmo!

- Será??? ...sabe que eu também acho!

Magro, arrogante (sabe ser), carente, observador (quando convém!), apaixonado ...sabe por quem!
Careta ao menos, não te creio. "Nada de leite mau na cara dos caretas", por vezes, te descolaria da tua elegância, mas não sou digna de tal, não daqui, desta insolente e perturbadora simplorice em que me desenho atual.
Mas não é tudo de nós, nem um décimo...
Só livre rascunho 'maltrapilho', que talvez nunca ultrapasse uma madrugada de verão, quiçá um dia alcance um bom tom!
Afinal o que somos nós, senão um acúmulo de rascunhos diversos, feitos ao léo, de guardanapos ou folhas de carta, de lapiseira ou lápis de cor?
Qualquer Si Bemol que tua presença me traga, confundo em montes de notas falsas ou perco o tom em acordes dissonantes...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008


Quantos guardanapos feitos bolihas de papel...

Quantas páginas de agenda feitas pedaços...

Quantos panfletos tranformados em rascunho...

Tantos cadernos enfim sem páginas!



Descolou

Desloquei agora, todo aquele mafuá

que por vezes não aguenta mais ficar

trancado, nessa falta de memória que levo junto...

De todas as coisas que me passam pela mente,

entre memória, imaginação e psicodelia,

algo há de me traduzir em parte..



assim espero!