sábado, 21 de julho de 2012

Roda Vida

Deixa o vento te empurrar como folha seca ou flor de ipê num tapete sobre as pedras a brincar como quem só quando chega irá saber pra onde seus passos o levaram DeixA o sol te aquecer e brotar teus sentimentos como plantas germinadas ou aves cantando deixam o sol se esconder Deixa os galhos te embalarem no balanço de brincar como a vida numa roda te girando sob o luar

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Suspensa planicie clara, pairando em mim, no ar, enfim Cálculos estratégicos daqui não partem parte do que é, não alcanço Vulneráveis relações incontroláveis incontestáveis significados pessoais Imprevisíveis sonhos, necessidades divagantes focos individuais
Na dança dos passos pés e mãos viajam no espaço Entre eu e meu fluxo há mente e coração Perceber o movimento, o que o impulsiona, freia, ruma como é gerado e se transforma

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Dimensões e pré-disposições II

Cativa, insana e doce
mistério por vezes indecente
Sujeita a trovoadas
de ventos, impertinente

Ela era só delírios
No mar, diante do sol nascente
Sua imagem era o colírio
dos olhos do lugar
Olhos não só de olhar
mas de sentir, de rir e chorar

Viagem de aventura
ouvir seu canto pelo ar
Vibrava qualquer criatura

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

FiM

Silencia a platéia lentamente
Quando findas as vozes o silêncio grita
O interruptor estala e as luzes se apagam
resta uma luz apenas, fugindo pela fresta
estreita sob a porta do camarim
Encerra-se assim o espetáculo desta noite
Nas cadeiras da platéia suor e poeira
Na tábua corrida do palco, carvão e gesso
cenário suspenso e silêncio
Resquício de texto e pegadas pelas coxias

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Dimensões e pré-disposições I

Num impulso pueril
Ele atravessou a porta
Saiu sem tocar o chão

Era um trovão
Poesia torta
Rompante de emoção

Quando voltou carregava
Em uma das mão sorriso
Na outra sofreguidão

Alegrou quem sonhou consigo
e toda a alegria irradiou
Sabia semear amigos
e sua colheita não tardou

Seu contorno era abstrato
mas seu nome concreto
Tocavam as nuvens suas ideias
seus pés agora no chão

quinta-feira, 11 de março de 2010

Grude

Volto a sorrir, com um alface
no dente e banguela de alguns,
devagar como o chiclete quente
derretendo até virar grude
Meus olhos vão aos poucos
mudando de cor e voltam
a ver e sentir...
Num espelho riscado
um reflexo debochado
do que ainda não vivi
Pintado em cores simples
um desenho pueril
de riscos maltraçados
que diz em não dizer,
o que espera contar...
Mas conta enfim, com calma
mesmo sem explicar,
histórias de acreditar
de mutar em poesia
qualquer conto, alegria
qualquer canto, cantar!
Ludico em mim renasce
tenta se erguer, andar
Penso então em Drexler:
"pie detras de pie, no hay otra manera de caminar..."

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ainda além

Sempre tem um novo amanhã depois de hoje
Um outro conceito depois do ultrapassado
O segundo tempo, depois do primeiro
Um dia depois do outro...
Segunda chance depois do erro
Um pé e outro, o próximo capítulo...
A ida e volta enquanto variam os meios!
Ainda e sempre há muito pra se vi(r)ver.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

...ainda


Estou sofrendo com uma longa, longuíssima 'estiagem' de acontecimentos/eventos criativos! Mas pra minha própria alegria, esta seca de idéias e ações interessantes (ou seriam interessadas) parece estar perto do fim! Talvez seja o efeito de "curtir" um inverno longo nesta praia, que no verão parece ser tão perto do centro de Satolep... bem, não reclamo, não foi por falta de aviso! Mas a primavera já bate a porta, e além do mais já até escancarei as janelas!!!
To aqui, pronta pra voltar pro mundo... mesmo enquanto vôo daqui, do chalé que boia, da palafita da praia!