quinta-feira, 11 de março de 2010

Grude

Volto a sorrir, com um alface
no dente e banguela de alguns,
devagar como o chiclete quente
derretendo até virar grude
Meus olhos vão aos poucos
mudando de cor e voltam
a ver e sentir...
Num espelho riscado
um reflexo debochado
do que ainda não vivi
Pintado em cores simples
um desenho pueril
de riscos maltraçados
que diz em não dizer,
o que espera contar...
Mas conta enfim, com calma
mesmo sem explicar,
histórias de acreditar
de mutar em poesia
qualquer conto, alegria
qualquer canto, cantar!
Ludico em mim renasce
tenta se erguer, andar
Penso então em Drexler:
"pie detras de pie, no hay otra manera de caminar..."

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