quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

VezenQuando Dragão da Lua




Onde estou senão aqui, iniciando minha prece


"Na fronteira de um mundo alucinado


Cavalgando em cavalo agalopado


Viajando com novos pensamentos"




Caminhei pela calçada oposta


Enquanto corpos vagavam poraí


Fui pensando na loucura, tão humana


Entupindo a cidade e as esquinas


Planejando meu mapa pelas ruas


Evitando enfrentar mais um sinal


Despertando pro brilho lunar


Volto passos por entre telhados


Vejo a buniteza e reconheço


Pra onde vai quando entristece?


Te espero quando anoitecer...

III em I




O DIA FAZ UMA CARETA
EU CORRO!
ME ESCONDO NO TEU CANTO
SEM PORTA...
ESPERO QUE A NOITE ACORDE
E GRITO DO TELHADO,
ENQUANTO ESCUTO
O SOL GARGALHAR.

O DIA FAZ A NOITE
ME ESCONDO
EM UMA CARETA ENQUANTO CANTO...
ESCUTO O GRITO DO SOL:
"ACORDE"!!!
ESPERO GARGALHAR
NA PORTA DO TELHADO

O CARETA A GARGALHAR NO SOL.
ENQUANTO A NOITE NO TELHADO,
ESCUTA O DIA
ESCONDO TEU CANTO
SEM ACORDES!
EU CORRO, GRITO, ESPERO:
UMA PORTA...




24aGosto2005

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

o que vejo

"Fixo os olhos no teto ou na parede e tento distinguir apenas cores e formas. Mas não sei mais se o que vejo é o que vejo ou apenas o que penso ver."
Caio F.


EU TENHO GUARDADO POR TEMPOS
NA RETINA SECA DO MEU OLHO
CORES JÁ DESBOTADAS DA
MEMÓRIA QUE TRAGO DO QUE
ENTENDO POR AMOR RECÍPROCO
NÃO SEI SE HOUVE DE FATO
ALGO QUE PUDESSE CHAMAR
ASSIM, OU ENTENDER
PODE SER QUE SÓ ILUSÃO
TENHA NESSAS CORES DAS
DORES, DE AMAR E RECEBER
O AMOR, E DE COMO
ME DÓI COLORIR O QUE VEJO,
MAS COMO ME CUSTA
NÃO FAZÊ-LO E O QUANTO
QUERO AQUARELAR MINHA
VIDA, MAS HESITO EM QUE
CORES USAR...


estrada do Sul-central

Vem viver este momento

Palavras flexiveis ancoradas no meu ar

passeios inconcretos de paisagens inventadas

Palavras, palavras, faladas, cantadas, ditas

Receio em escolher o que já é definido

Me jogo, se jogue também no desconhecido

O desconhecido das minhas vontades, dos meus medos

do que me faz "de verdade", do que nem sei se sei


Nossas longas 'análises noturnas'

que me deixam saber mais de mim

na medida em que falo e posso me escutar

Silêncio, gole de vinho, taça na mão

luz baixa, indecisão.. mais uma vez indecisa

que palavra posso usar, pra tentar explicar

essa saudade, aquela angustia, um momento tão

bom de felicidade..

Besteira, bobagem, riso e choro

Faz parte da minha incoerência

fugir da questão com uma piada

Sair "à francesa", tangenciar, negociar

Argumentos não são certos e errados

nem nunca serão..

Só quero viver e viver vai bem além

de qualquer questão.




"Quem se diz muito perfeito, de certo arranjou um jeito insosso pra não ser de carne e osso, pra não ser..."

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Cena Aberta





Descolei um jeito de ser mais humana...


Ontem chorei, chorei porque é época de folia

chorei, na verdade o "porque" não sabia...

Divaguei, por que divagar me faz bem

Divagar, devagar, sem preocupar

Falei coisas, e outras coisas, coisas faladas

sem muito pensar...

Coisas ditas, só sabidas depois de falar

Ri, risos as vezes sem motivo, risos. Sem me culpar

Dar risada é assim, como iluminar

Ilumina a sala vazia de luz, ilumina meus olhos

Olhos meus estes, que hoje abriram mais brilhantes

Olhos que olharam pra casa, com ganas de olhar...


Hoje não só mais (H)umAna!!!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Olhos de Amar!

Eu olho ela sentada sobre a cama,
sentada com as pernas cruzadas, como se fosse oriental
Penso e me pergunto, porque te amo tanto?
Eu sei Amor, essa frase é tua...

Escreve a horas algo que eu desconfio ser pra mim,
dobra enfeita, faz envelope, ta pensando em colorir!

Já coloriu preta!
Trouxe aquarela pra minha vida, depois de tanto tempo desbotando...
Me ensina sempre, agora sou mais paciente...
aprendi contigo a não guardar vontades
"diz que vira câncer"!!!
hehehehe Exagero? TalveZ...
Não tem nada que valha mais a pena, do que crescer,
sonhar e aprender com alguém!

Não tem hora pra dizer o quanto te amo!

Quem vai ficar...


"ói, ói o trem! Não precisa bagagem nem mesmo passagem no trem!"

Não é efeito de droga, nem colapso mental...
Permiti que meu olho se perdesse numa fachada antiga,
numa foto que vi no jornal exposto na porta da padaria,
num gato que brincava com uma folha que caiu daquela árvore,
aquela árvore que espalha flores na calçada e perfume pelo
quarteirão!
Brinquei de criar personagens, usei maquiagem...
Recortei e colei umas figuras desconexas,
emprestei meus lápis de cor pra minha "colega de quarto"
Dispensei preocupações, fiz planos e promessas, roteiros de viagem...
Pesquisei umas palavras esquisitas, que logo desaprendi
(nenhuma era 'relevante'!), enfim, me dei uma chance de relaxar!!!

Pode parecer perda de tempo, mas pra mim é empreendimento!

Xadai!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Já passou?

Sin ninguna palavra ó cualquier sonido, mirava yó por el vidrio la ventana sin divisa
por la carretera... el dia gris nada me decia y la voz de Jorge milongeava

"nada, nada menos..."
El paisage no me hablava ni yó al dia cantava

Se hiba el camino por dónde passava
porque nada me quedava?
Y sigue Jorge a decir:
"no dejaremos huella, solo polvo de estrellas..."



dezembro/2007

O pouco


Ontem eu consegui... sai de casa duas vezes! Isso mesmo duas vezes e por "pura necessidade"!
Primeiro eu fui comprar batatas, pro almoço. E chovia, chovia e chovia! Depois fui na locadora, (pelo menos, no auge da minha 'inutilidade' eu vejo muitos filmes!), e ventava, ventava e ventava!

Olhei uma moça, catando lixo, com um bebezinho no colo, com todo aquele vento! Daí pensei: assim como cada um tem suas ocupações, tem suas preocupações, ou ainda desocupações, despreocupações... sei lá!

A vida é mais complexa do que parece, ou é bem mais simples do que gostariamos?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Alguém?


O mundo inteiro percebeu Quase todos, menos eu Que tudo está mudado Ou que algo se perdeu Mas que Mundo Muda Mudo E eu pregado inerte Escondido atrás do escudo


Por favor alguém me explica, porque sinto essa preguiça!
Nem desvendo mais os sonhos nem tento entender a bagunça

do meu pensamento... Talvez esteja acontecendo um amorfinamento

na minha pessoa, talvez as vontades estejam adormecidas..

Não! eu não sou amorfa e desfocada, hoje eu vou acordar,

descobrir o que me prende no conforto da sala, do que depende

o retorno ao semear vento e beber tempestade, com o chico,

A botar meu bloco na rua, como o sérgio

Ou, que seja, cair na gandaia com a minha bateria!


Socorro, eu preciso despertaaaaaaar!!!!!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Olhares...


Sempre veremos atravéz de algo... podem ser lentes, paradigmas,
janelas. Tanto faz, afinal a moldura é só borda, quem decide o
conteúdo é o olhar, e olhar é ver, registrar, agregar! Mais que isso,
olhar é atingir além da superfície visível, olhar é ver algo não da
maneira como qualquer outro ser veria, mas da maneira que cada
um pode ver, com suas relações, memórias, sentimentos...
Olhar é entender uma coisa qualquer sobre o que se vê, ou perguntar-se
uma coisa qualquer...
Mas para se ter um olhar, sobre uma coisa qualquer, tem que se permitir
ser sensível, e ser sensível pode fazer a diferença.

Sobre o Amor II

Dia desses um amigo falou, que já não acreditava no amor
Deu a entender que é conveniência, o que leva alguém a união
O nome não é importante, mas tenho conceito diverso de cada palavra
Distantes entre si, deixo claro
Porém Amores-Convenientes, devem ter prazo maior de validade
Os "inconvenientes", expiram rápido, é bem verdade
Mas as verdades não são plenas e as vezes tem validade
Nem só o que é fato, é verídico
No fundo (bem no fundinho), há em tudo um 'algo' de veracidade.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

"Fragmento para Ali"

- Ai! Quando eu falo com ele fico tri nervoso! Que viagem, né?!
- ...
- Tú não achas? Eu acho que eu tô carente... Que que tú acha?
- Acho que tú ta carente... de ti mesmo!

- Será??? ...sabe que eu também acho!

Magro, arrogante (sabe ser), carente, observador (quando convém!), apaixonado ...sabe por quem!
Careta ao menos, não te creio. "Nada de leite mau na cara dos caretas", por vezes, te descolaria da tua elegância, mas não sou digna de tal, não daqui, desta insolente e perturbadora simplorice em que me desenho atual.
Mas não é tudo de nós, nem um décimo...
Só livre rascunho 'maltrapilho', que talvez nunca ultrapasse uma madrugada de verão, quiçá um dia alcance um bom tom!
Afinal o que somos nós, senão um acúmulo de rascunhos diversos, feitos ao léo, de guardanapos ou folhas de carta, de lapiseira ou lápis de cor?
Qualquer Si Bemol que tua presença me traga, confundo em montes de notas falsas ou perco o tom em acordes dissonantes...